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JOSÉ CARLOS PEREIRA DA SILVA
( BRASIL – MINAS GERAIS )
Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil
Artista Plástico na Zékarlos Artplast
SILVA, José Carlos Pereira da. Expoesia. Juiz de Fora, MG: Cave Editora Ltda, 1980. 72 p. 10 X 15 cm. No. 10 088
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito, em outubro de 2024.
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A FACE OBSCURA DA MENTE
Um corpo estraçalhado pela vida
Um corpo com alma e coração
Malditos dias que passam
por essa vida humana
Pisando-o sem piedade
Castigando-o sem vê-lo por dentro
Um interior belo escondido
Neste corpo morto, porém, vivo
Nesta alma sofrida, desencarnada
Nesta mente sadia, descontrolada
Dúvidas imensas permanecem
Mundos passam e repassam
E as dúvidas continuam nessa mente
Que não entende a vida apavorada
Que levam as pessoas desta terra
Que só vivem para si e nada mais
Corpo e alma que sofrem conjuntamente
Por amar quem os despreza
Se soubessem quantos existem para serem amados
Não sofreriam por um apenas.
METAMORFOSE
Mudei minha face
deixando apenas um olho
para não ver
tanta crueldade tua.
Mudei meu corpo
deixando apenas meus braços para trabalhar
e um tronco velho, seco e inerte
para que não sintas meu calor.
Mudei minha vida
tendo aos meus pés um mundo de diamantes
e um céu encoberto de cores numa
natureza toda porá que tanto recusastes.
Mudei meu jeito
incendiei os tormentos de minha vida
e, com um olho somente, vislumbrei
as outras virtudes que ela me oferecia.
Sim, mudei. Agora sou eu.
MÁGOAS CONTIDAS
No armazenamento de mágoas profundas,
meu coração plange fortemente.
E nas palpitações lentas, porém fortes,
demonstra tamanho desprezo contido
neste peito ardente e sofredor.
Obscuro, cheio de óbice,
sem lograr-se da vida real,
se tornando várias vezes,
ofuscando-se de fatos acontecidos.
írrito, em muitos de seus feitos.
Por mais plausível que seja,
é julgado fria e rudemente
como labrego, por ser tão frágil e
magoado, pelas desilusões da vida
na face da terra.
TROVAS
I
Não guardes rancor de mim
Tente apenas compreender
Que sentimentos fortes assim
Nos faz a cabeça perder
II
Me perco no mundo agitado
Pensando, amando, vivendo.
Vivo pelo mundo, calado.
Andando, apanhando e morrendo.
III
Olhe prá frente, veja de perto,
As coisas que você sempre quis
Tudo na vida é incerto,
Mas, tente ao menos ser feliz.
IV
Da vida receio de tudo,
Onde posso até esperar
Rindo, às vezes fico mudo,
Amei-te, sem você me amar.
*
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Página publicada em outubro de 2024
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